"Prevenção começa no berço!"         "Miriam M. Codarim"

Prevenir o quê?

O uso indevido e, não, as drogas.
A prevenção, aplicada ao fenômeno das drogas, visa a adoção de uma atitude responsável com relação ao uso de psicotrópicos. Isto equivale dizer que a prevenção ao uso indevido de drogas é uma intervenção cujo objetivo é evitar o estabelecimento de uma relação destrutiva de um indivíduo com uma droga, levando-se em consideração as circunstâncias em que ocorre o uso, com que finalidade e qual o tipo de relação que o sujeito mantém com a substância, seja ela lícita ou ilícita.
Assim, o eixo principal da prevenção é o ser humano.Veja mais informações >>> clique aqui

Prevenção

Ao longo de 27 anos de atuação como apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos, o Amor-Exigente reuniu conhecimento empírico sobre o que forma e o que deforma o indivíduo.
A vivência com pais, diante dos problemas de comportamento dos filhos, revelou as dificuldades que os responsáveis pela formação da criança, do adolescente e do jovem de hoje encontram ao exercer seu papel de educadores.
Com um Programa eficaz, o Amor-Exigente atende três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária. Conheça o trabalho do Amor-Exigente >>>clique aqui

Garantir aos pais e/ou responsáveis, representantes de entidades governamentais e não-governamentais, iniciativa privada, educadores, religiosos, líderes estudantis e comunitários, conselheiros estaduais e municipais e outros atores sociais, capacitação continuada sobre prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, objetivando engajamento no apoio às atividades preventivas com base na filosofia da responsabilidade compartilhada. Veja o texto completo >>> clique aqui

Políticas sobre Drogas / Ministério da Justiça - Legislação >>>clique aqui

Dependência Química

O que é dependência química

A dependência química é uma doença, reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e considerada como um Transtorno Mental.

Os dependentes químicos são vistos como pessoas fracas, de pouca força de vontade, sem bom senso e sem sabedoria. Porem, quando consideramos como uma doença, podemos olhar sob outra perspectiva: de que se trata de um transtorno em que o portador desse distúrbio perde o controle do uso da substância, e sua vida psíquica, emocional, espiritual, física vão deteriorando gravemente. Nessa situação, a maioria das pessoas precisa de tratamento e de ajuda competente e adequada.

Doença química 

Pelo fato de que a dependência é provocada por uma reação química no metabolismo do corpo.

O álcool, embora a maioria das pessoas o separe das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas, quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.

Doença progressiva

A lógica da interrupção desse processo destrutivo é não usar mais a droga, caso contrário a tendência é piorar com o passar do tempo.

Doença crônica incurável

Uma vez dependente químico, sempre dependente, indiferente de estar ou não em recuperação, usando ou não usando algum tipo de droga. Não há cura para a dependência; existe sim tratamento com êxito - contínuo e permanente.

Doença física

Se manifesta pelo aparecimento de profundas modificações físicas, alterando o metabolismo orgânico quando se interrompe o uso da droga. Essas alterações físicas obrigam o usuário a continuar consumindo tóxicos; caso contrário ocorre uma “crise ou síndrome de abstinência”.

Essas alterações presentes na “Síndrome de Abstinência” se manifestam por sinais e sintomas de natureza física e variam conforme a droga.

Doença psicológica

É a sensação de satisfação e um impulso psíquico provocado pelo uso da droga que faz com que o indivíduo a tome continuamente, para permanecer satisfeito e evitar mal estar, ou seja, quando o consumo repetido cria o invencível desejo de usá-lo pela satisfação que produz. A falta do tóxico deixa o usuário abatido, em lastimável estado psicológico.

Quando privados os dependentes sofrem modificações de comportamento, mal-estar, e uma vontade irreprimível de usar a droga. Os tóxicos que criam dependência psíquica, dizemos que provocam 1 hábito.

Critérios diagnósticos sobre a dependência química

  • Tolerância;
  • Abstinência;
  • Desejo de diminuir;
  • Perda de tempo;
  • Negligência em relação às atividades;
  • Persistência no uso;

1. Tolerância

Definida por qualquer um dos aspectos:

- necessidade progressiva de maiores quantidades da substância pra atingir o efeito desejado;

- significativa diminuição do efeito após o uso continuado da mesma quantidade da substância.

2. Abstinência

Manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos:

- presença de sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e sinais fisiológicos (tremor) desconfortáveis após a interrupção do uso da substância ou diminuição da quantidade consumida usualmente;

- consumo da mesma substância ou outra similar a fim de aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.

- ingestão da substância em quantidades maiores ou por um período maior do que o inicialmente desejado.

3. Desejo de diminuir

O indivíduo expressa o desejo de reduzir ou controlar o consumo e a quantidade da substância ou apresenta tentativas nesse sentido, porém mal-sucedidas.

4. Perda de tempo

Boa parte do tempo do indivíduo é gasto na busca e obtenção da substância, na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos.

5. Negligência em relação às atividades

O repertório de comportamentos do indivíduo, como atividades sociais, ocupacionais ou de lazer do indivíduo encontra-se extremamente limitado em virtude do uso da substância.

6. Persistência no uso

Embora o indivíduo se mostre consciente dos problemas ocasionados, mantidos e/ou acentuados pela substância, sejam físicos ou psicológicos, seu consumo não é interrompido.

Poucos sabem...

A dependência química é uma doença emocional, de fundo comportamental.

Considerações finais

A dependência química é uma das doenças psiquiátricas mais freqüentes da atualidade. No caso do cigarro, de 25% a 35% dos adultos dependem da nicotina.
A prevalência da dependência de álcool no Brasil é de 17,1%entre os homens e de 5,7% entre as mulheres, segundo o “1º Levantamento Domiciliar Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas” no país, realizado em 2001 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).